Como vou ser triste se...

Alguém se importa se meu ano foi bom ou ruim?

Casamos e fomos na padaria!

Resisto o quanto posso às modinhas da internet. Às modinhas em geral. Em sei lá quantos anos escrevendo colunas – e esta newsletter acaba sendo isso – acho que só fiz balanço de ano/temporada/campeonato/década/século uma única vez, quando ainda trabalhava na “Folha”. Ficou uma merda, um texto cheio de referências pessoais que ninguém entendeu.

Nas modinhas, queimei duas antes que se transformassem em lugar comum para colunistas assim que surgiram. A primeira foi quando aquele reality “Casa dos Artistas” foi ao ar e fiz um texto bobo usando a turma da Fórmula 1 como personagens. Outra merda. Recentemente, apelei ao tal ChatGPT não para escrever para mim, óbvio, mas para fazer perguntas capciosas que o aplicativo (é um aplicativo, esse troço?) responderia com um mar de baboseiras. Publiquei aqui outro dia. Também não teve lá grande repercussão. Apenas comprovou minha tese muito particular de que a burrice é universal, seja ela natural ou artificial.

Mas gostei quando o Lula postou algo no Instagram com o título “Como vou ser triste se em 2024...”, e a partir daí elencou as realizações de seu governo que, de fato, deveriam melhorar um pouco o humor deste país que, de uns anos para cá, perdeu a graça, o humor, a alegria. É bom vê-lo otimista, com energia, produzindo, fazendo coisas, pensando nos outros.