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O Hooters entrou com um pedido de falência nos EUA. Era, ou é, não entendi direito a notícia do Estadão, uma rede de lanchonetes que vendia asas de frango fritas e cerveja. Nada muito original, não fossem as garçonetes de shorts cor-de-laranja e camisetas brancas com o logotipo no peito que lembrava uma coruja. Não me perguntem a relação coruja-frango. Os shorts eram muito curtos e as atendentes eram jovens bonitas, peitudas e claramente sensualizadas. Nada muito original, também, tratando-se de uma cadeia de restaurantes nascida nos EUA. Era, ou é, o país da “Playboy”, da “Hustler” e das cheerleaders.
Quando me levaram pela primeira vez nesse negócio, isso deve ter sido em 1992 em Indianápolis, minha proverbial antipatia pelos EUA fez com que eu decretasse imediatamente: este é um país de punheteiros. Mas minha igualmente proverbial visão adocicada do mundo fez com que encarasse aquela, vá lá, experiência de forma condescendente. Tive a impressão de que os frequentadores se colocavam à prova, evitando olhares lascivos. Mulheres frequentavam o Hooters com seus maridos e namorados. E encaravam aquela putaria com algum humor.
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