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Quando foi que nos abandonaram?

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A mentira derrotou o jornalismo profissional, e acho que não tem volta

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Flavio Gomes
jan 17, 2025
∙ Pago
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Quando foi que nos abandonaram?
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Uma mentira deslavada propagada com método pela extrema-direita brasileira conseguiu, nesta semana, reverter uma medida burocrática da Receita Federal. Era uma simples norma interna que deveria ser recebida com naturalidade por todo mundo, que basicamente estabelecia valores mínimos de transações financeiras sujeitas a eventuais verificações dos órgãos de controle cuja função é inibir sonegadores de impostos. Esses valores eram de dois mil reais para pessoas físicas e seis mil reais para pessoas jurídicas.

O sistema bancário nacional, há anos, comunicava a Receita quando tais quantias eram movimentadas pelos procedimentos tradicionais – emissão de cheques, TEDs, DOCs. Norma antiga, que foi atualizada com a inclusão de uma modalidade de pagamento que não existia quando foi instituída, o Pix. E os valores foram ampliados para cinco mil e quinze mil reais.

Em tempos normais – olha eu aí de novo com os “tempos normais” –, tal medida seria publicada e aplicada sem maiores questionamentos pelas instituições financeiras. Todas elas, incluindo, claro, os novos bancos digitais e as dezenas de empresas que surgiram junto com as maquininhas usadas hoje em todo o Brasil, seja para tirar uma motocicleta da concessionária, seja para comprar balas de goma no semáforo.

Mas a extrema-direita, a oposição que tem como expediente único impedir que Lula governe e sabotar todo e qualquer projeto de sua gestão, colocou sua máquina para funcionar. A ferramenta é conhecidíssima: o conjunto de redes sociais que se transformou na principal fonte de informação do povo brasileiro. A saber, WhatsApp, Twitter (ou X), Facebook, Instagram e TikTok. E alguns menos populares como Threads, Telegram e Discord.

A mentira contada era de fácil assimilação: o governo vai te perseguir e vai taxar o seu Pix. O personagem escolhido para disseminar a lorota foi o deputado Nikolas Ferreira, um fedelho de Minas Gerais tratado como fenômeno das redes com seus milhões de seguidores blá-blá-blá.

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