Flavio Gomes - Gira Mondo

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Saudades do doutor Paulo

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Ao ver o coach candidato a prefeito de SP, diminuiu meu ódio por Maluf

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Flavio Gomes
ago 09, 2024
∙ Pago
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O debate no iG: a única foto que tenho como mediador…

Por assim dizer, eu trabalhava no iG. “Internet Grátis” era o que significava iG. Volta a fita um pouquinho para os mais jovens (quantos serão os mais jovens aqui?) saberem do que se trata.

Lá pelo final dos anos 90, quando a internet engatinhava no Brasil, era preciso ter um provedor para acessar a rede. Seu computador tinha de ser ligado numa linha telefônica, que discava para um número e a mágica estava feita. Vinha aquele som de conexão sendo completada e você erguia as mãos para os céus, rezando para que a linha não caísse no meio do Bate-Papo do UOL. Mas era preciso pagar ao UOL para ter esse número de telefone. Ou à America On Line. Ou à Mandic, ao ZAZ, alguns dos provedores da época. Internet era serviço pago.

O iG era gratuito, essa era a grande revolução da parada. Você se cadastrava, ganhava um e-mail, programava no computador os números de conexão, não pagava nada para usar a internet, como nos outros provedores. Só os pulsos dos “telefonemas”, gasto que também existia se seu provedor fosse outro. Cobrava-se tudo: para ter e-mail, para navegar, para baixar as coisas, acessar as notícias dos portais.

Rapidamente, graças a uma campanha publicitária agressiva e criativa, com a adoção de um simpático e carismático cachorrinho branco como símbolo da empresa – Nizan Guanaes era um dos sócios, a gente estava bem de propaganda –, o iG cresceu, virou portal, chacoalhou o mercado. Nessas, o bonito aqui já estava lá dentro. No final de 1999, tinha sido chamado para fazer parte da empreitada por alguns de seus comandantes, meus ex-chefes na “Folha”. Como? Com um site de automobilismo. O conceito jornalístico do iG era ter um enorme guarda-chuva gerador de informação abrigando sites especializados em vários assuntos. Assim nasceram o “Panelinha”, de receitas, o “Omelete”, de cinema, o “Submarino”, de comércio eletrônico, e o “Grande Prêmio” – para falar de corridas e esportes a motor. Pode ser que já tenha contado essa história aqui. Me arrumaram até um sujeito para entrar como sócio. Sua primeira ideia foi sortear um “grande prêmio” para nossos usuários. No caso, uma Ferrari. A sociedade foi reprovada pelo conselho administrativo da minha empresa, que tinha só um membro: eu.

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