Ouço no rádio que os números do último censo indicam que as famílias brasileiras estão diminuindo, as mulheres têm menos filhos e, quando decidem tê-los, o fazem um pouco mais velhas – a idade média foi de 25 para 28 anos em não sei quanto tempo. Em 2000, a taxa de fecundidade era de 2,3 filhos por mulher, e agora é de 1,6. Na década de 60, eram seis filhos por mulher. Nos anos 80, quatro. Em 2042, consegui escutar a data no rádio apesar da moto que passou ao meu lado com o escapamento aberto, desgraça de escapamento, a população brasileira vai parar de crescer e, por óbvio, começará a diminuir. As razões são várias: hoje, mais mulheres trabalham fora de casa, gravidez e maternidade interferem em suas carreiras profissionais, homens são uns merdas que não ajudam em nada, filho custa caro, casais preocupados com o fim do mundo que se avizinha hesitam em colocar mais pessoas neste desditoso planeta.
O introito se presta a contextualizar os tempos aos quais recorrerei para falar de Silvio Santos. Eram tempos de famílias mais numerosas, o que talvez explique parte do fenômeno que ele se tornou.
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